segunda-feira, 18 de junho de 2007

Dormilhas e ilhas de sono.

Opto por dormir ao relento do meu quarto fechado, tranquei as portas, batem nelas sem permissão. Finjo que não ouço o berro dos punhos cerrados. Ao menos não entram, apenas esmurram, eu me interno ali dentro até que me provem o sabor contrário do amargo. Sangue na madeira sugada. Mamo na vaca dos sonhos a comer capim na mata. Repouso que mata a cidade inteira. Sair no sol evito, a rotina crônica me mói os nervos. Bebo cana. Fico estática sobre o colchão caixotesco, com o pensamento fervilhado, revirado em páginas de livro inacabado pelo fluxo da inconsciência. Alguma coisa me arrasta para o fundo do calor humano, sem querer ver sorrisos ou mesmo sorrir o forjado. Cansei, não mais serei escravidão, não trabalharei para reis dentro da barriga cheia de ninguém, necessito meu próprio cais. Meu vinho, meu porto, meus contos, meus réis. Boas noites, manhãs interditas! Sonífera cá estou, cercada de palavras por todos os lares...

domingo, 17 de junho de 2007

Fetichismo no capitalismo.....


Hoje , em todas as bases da sociedade produtora de mercadorias ,esse fetichismo fez morada.Impregnou todos os seus aspectos.vive da inconsciência humana.Reina Através da servidão voluntária.leva o ser humano a viver uma vida monstruosa e praticar o assassinato da humanidade e do planeta.tenta prolongar a vida capitalista.Sustenta todos os demais fetiches.Oculta segredos da sua superação.impede a emancipação humana.Será possivel superar o fetichismo ?

sábado, 2 de junho de 2007

RESSACA

Todos sangram na noite. Uns mais fúteis que outros, mais alguns inúteis... Como julgar? É o barco da fuga que fura e vira quando se quer embarcar. Bebe-se o sal na folia como um sol aflorado que afoga no ar. A chama que ninguém quer fumar é o avesso do cigarro pós-ócio-sexo. Dormem todos os corpos insaciados, viram-se os copos ébrios. Todas as portas fechadas, e o desepero aberto, peito aberto às flechas do acaso. Frestas negras... E o que ocorre ao mundo agora enquanto o sangue escorre? Correm, correm sem direção. Escorrem minhas lágrimas... Eu me ponho inerte. By Lola