terça-feira, 27 de março de 2007

Crônicrítica... Pô, ética!


Sabe, não ligo para críticas. E se eu disser que estou mentindo, você acredita? A palavra pode tanto, que mal o bandido ao furtar as letras preci(o)sas consegue se equilibrar em cima do muro. Uns vão incitá-lo a pular, outros poderão apedrejá-lo ou ele cairá, entregue à massa, sequestrado pela polícia. Melhor expurgar todo o ódio de uma só vez do que abafar os preconceitos a fim de conquistar certa platéia. A troco de quê? Quem liga pra isso? Se eu fizer uma porcaria, no meu conceito, todos irão aplaudir entusiasmados. Agora, a minha verdade ninguém vai querer ouvir. E por quê? Porque ela é rara demais, excêntrica demais, absurda demais. Eu vou dizer que fui desvirginada pelo Papa, eu vou confessar minhas mazelas interiores todas para zombaria geral dos 'perfeitinhos', eu vou cair na cova dura e rasa da vida, por causa da profundidade real dos meus pensamentos. Ora, isso aqui não é para rimar, não é crônica poética de patética punhetice verbal, são só poesias frias ante a pedra e a perda da criatividade!

quinta-feira, 22 de março de 2007

A vida que não tá sendo vivida !


Nós estamos todos sendo asfixiados nesta atmosfera das cidades espetaculares onde se consome fantasticamente o breve tempo que podemos viver, e onde um ar nefasto devora a luz da nossa inteligência e queima todas as nossas íntimas primaveras.Desde que entrarmos neste cenário torturante da chamada alta civilização é como se subíssemos à prancha giratória de um circo, dominada por um movimento acelaradissimo e sem promessa e nem esperança de parada.Toda a nossa energia se concentra em vigiar o equelibrio ,para evitar o que nos parece um infalível desastre.Mas que talvez não o seja.
Que somos nós,nesta vertigem inútil ?Pode -se chamar vida a isto? A vida não é alguma coisa de sentido mais profundo,alguma coisa mais lenta,mais feita de coisas interiores ,que se recolhem aturdidas com este ritmo alucinado que nos leva ?

quarta-feira, 14 de março de 2007

Deusentendimento

Ele quis escrever O livro? Ele, ele mesmo, o salvador, o Deus. Será que ele quis isso mesmo? Os homens fizeram sem consentimento, com sentimento racional deram a palavra. O que há com eles? Por que essa necessidade de registro?

Nossa fé está embasada em gestos descritos no passado. Verbo, muito o que contar, pois quem lê sempre tem ouvidos. Hierarquias terrestres e celestiais. Obedecer? Fala, que eu te escuto. Eis o Livre-arbíTRIO de aceitar a tríade do poder absoluto: em nome do paifilhespirisanto. Quiseram fundar uma igreja para sair no lucro, ouro passou a ser solar, divino. Todos os dias constróem novas igrejas. Os desesperados que nelas adentram não têm noção do perigo. Mas muitos só dormem na porta, estes não deixam entrar.


Querem murar a religião, empedrar o contato com o imaterial, quebrar o espírito. Ou se crê demais ou se descrê por completo. Excessos, vícios. E se cada um escrever sua própria bíblia, corão, veda, será blasfêmia, todo ato de criação será vetado. Pira, pira, pira. Fogueira! Sorte eu ter aprendido a fazer dança da chuva com meus antepassados indígenas. Pagã sou. Pagão, você? Ao menos não se paga nada para isso, só para nascer e morrer e viver, então...

Deusespero
, espero deus? Quem espera, o céu nem sempre alcança. Mas será um inferno ter de aguardar a morte, já que se fala tanto nela. Sorte certa. Desespero em saber que o ouro vira pó. E só sempre se está. Então deus para mim é só isso: o universo que desconheço, embora me bem faça companhia.

domingo, 11 de março de 2007

"Um pouco de Silêncio"


Nesta cultura nossa,da agitação e do barulho ,gostar de sossego é uma excentricidade .Sob a pressão do ter de parecer ,ter de participar ,ter de adquirir ,ter de qualquer coisa ,assumimos uma infinidade de obrigações.Muitas desnecessárias ,outras impossiveis ,algumas que não conbinam conosco nem nos interessam o normal é ser atualizado ,produtivo e bem -informado é indispensável circular ,estar enturmado .Quem não corre com a manada praticamente nem existe ,se não se cuidar botam numa jaula :um animal estranho.ficar sossegado é perigoso :pode parecer doença .Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo ,ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma .não há perdão nem anistia paro os que ficam de fora da ciranda :os que não se submetem mas questionam ,os que pagam o preço de sua relativa autonomia ,os que não se deixam escravizar ,pelo menos sem alguma resitência.

domingo, 4 de março de 2007

Chronopoemas: aqui tem!

Falam do TEMPO quando se faz crônica, daí o nome, oriundo de Chronos ou Khronos (em grego Χρόνος, que significa ‘tempo’; em latim Chronus). Eis um mito! Minto, minto... Não estou aqui para ser tão formal, como manda o figurino literário típico dos jornais de todos os dias com seus caracteres programados. Pobres cronistas. Pobre de nós, é verdade. Mas vou caprichar na rima rica, assim, criada ao léu dos vendavais sonoros de poeta. Quem te leu, quem te lê... Bem sabe agora os prosopoemas, os meus serão. Digo só por apresentação. Como vai? Vou bem, obrigada e sem nenhuma obrigação em cumprir esse dever. Devo palavras a ti que me inquere com os olhos ávidos, devo leitura como alimento para a alma. Aguarde nas próximas postagens e nas encarnações vindouras de personagens...
sommmmmmmmmmmmmm......